O Polo Industrial de Camaçari, verdadeiro motor da economia baiana, enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua história — mas o que impressiona é a forma como empresas, trabalhadores e lideranças locais têm lidado com a situação: com coragem, estratégia e inovação.
Com os preços globais em queda, alta nos custos internos e importações em ritmo acelerado, o setor químico e petroquímico brasileiro sofreu impactos severos. Ainda assim, em Camaçari, as engrenagens não pararam. Empresas como Braskem seguem firmes, adaptando suas operações com inteligência e foco em eficiência.
A Unigel, apesar de ter pausado temporariamente parte de sua produção, decidiu apostar em tecnologia e reposicionamento. A expectativa é que a planta de ácido sulfúrico, com previsão de operação em 2026, coloque o complexo em uma nova rota de crescimento sustentável.
Enquanto isso, lideranças do setor se mobilizam em Brasília para aprovar o Presiq, programa que promete resgatar a competitividade da indústria nacional com foco em inovação, sustentabilidade e atração de investimentos.
O Polo de Camaçari é símbolo de persistência. Mais do que um parque industrial, ele é uma rede de talentos, parcerias e infraestrutura que não se curva diante das adversidades. Mesmo com a taxa de utilização abaixo do ideal (62% no primeiro trimestre), o polo não deixou de buscar soluções e propor novos caminhos.
A indústria química está em transformação e, como sempre, Camaçari segue sendo protagonista. Afinal, em tempos difíceis, o verdadeiro valor de um polo se mede não apenas pela produção, mas pela capacidade de reagir, resistir e se reinventar.