O que era uma cidade tranquila virou um campo de crateras. Serra dos Aimorés, no Vale do Mucuri, vive o pesadelo causado pelo trânsito brutal das carretas da Suzano Celulose. Com mais de 80 toneladas, esses monstros de aço cruzam as ruas como tanques de guerra, esmagando o asfalto, destruindo calçadas e rachando casas.
O resultado é visível e revoltante: buracos do tamanho de crateras lunares, rachaduras nas paredes, esgoto estourado e água contaminada. “A cada carreta que passa, meu chão se move. Parece terremoto”, denuncia Elcio Sobral, empresário local.
A indignação toma conta da população. “Eles passam como se aqui fosse zona industrial. Mas é bairro, é casa de gente, é vida sendo abalada”, afirma um morador revoltado.
Engenheiros da prefeitura alertam que o impacto vai além da superfície — o peso excessivo está comprometendo tubulações e fundações de casas. “Estamos diante de um problema estrutural grave”, disse um técnico.
Juristas confirmam: a Suzano tem responsabilidade civil direta pelos estragos. Se não houver compensação imediata, o caso pode se transformar em um escândalo judicial. O Ministério Público já foi acionado, e o povo exige resposta.
Serra dos Aimorés não pode ser atropelada pela ganância corporativa. O lucro da Suzano não pode custar a destruição de uma cidade inteira.
Por Redação
